quarta-feira, 5 de março de 2025

Excesso de formados em direito no parlamento é a maior causa do apodrecimento da Democracia

 - Santas tardes compadre, de rádio ligado no debate do parlamento?! - Nem parece seu.

- Compadre, temos de ouvir. Isto já não tem cura! A maior parte dessa gentalha envergonha o povo português! Há demasiada gente de direito no parlamento. Esganiçados gritam estericamente, não têm a noção  daquilo que é cordialidade, respeito e essencialmente dignidade!  Há particularmente dois tipos de deputados: os formados em direito e aqueles que emprenharam e engordaram no parlamento europeu. Os primeiros agarram-se ao poder, aproveitam-se da sua posição para tirarem os máximos dividendos e não têm pejo de imigrarem ou formarem outros partidos para continuarem a manterem privilégios ; os segundos fizeram da arrogância as suas imperfeições de caráter!

- Compadre é vox populi que o direito é putativamente um curso para "burros". Não acredito totalmente nisso até porque desde sempre existiram grandes homens do direito...

-De"burros" não têm nada, no entanto não passam de uns "chicos espertos" de garganta inflamada. Esta gente do direito pode ter ligações a interesses específicos dentro do sistema judicial, o que pode influenciar as suas decisões legislativas  - veja-se a importância dos grandes escritórios de advogados - muitas vezes os seus conhecimentos e ligações são usados para beneficio pessoal ou de grupos de interesse. Depois, a presença de tantos deputados com formação em direito pode resultar numa praxis excessivamente legalista e duvidosa dos problemas, negligenciando outras perspectivas importantes, como as económicas, sociais , religiosas... As decisões mais importantes sobre as questões que o parlamento aborda, a maioria das vezes são insuficientes ou conflituosas política e socialmente. Depois a renovação parlamentar é prejudicada impedindo a entrada de novas perspectivas. A falta de abertura destas gentes a novas ideias e abordagens, mata a inovação e adaptação a novas reformas.

 -Compadre a presença de deputados com formação jurídica é, sem duvida, valiosa num parlamento, desde que essa representação seja abrangente com uma tomada  de decisões informadas.

- Olhe compadre a fama do desses senhores não é das melhores entre as nossas gentes. Na semana passada fui com o compadre Chico a um funeral em (...). Como sempre enquanto o cura piava alguns padre nossos, vimos uma sepultura com os seguintes dizeres: - "Aqui jaz o Doutor Hermenegildo , um ilustre advogado e um homem bom". - Imediatamente o compadre Chico respondeu: - Porra compadre, por aqui já enterram dois homens na mesma campa!


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

A cacotopia parlamentar ou a degradação da putativa casa da democracia nacional.

 - Onde vai de mala feita compadre?

- Vou enterrá-la bem fundo, parece que vamos ter a visita de uns deputados...

- Olhe compadre, quando vinha para cá , tinha o rádio ligado e custou-me a perceber que aqueles berros  e terrorismo verbal se passava no parlamento nacional!

- Então Vocemecê ainda perde tempo a ouvir tamanha verborreia?! Aquilo é uma vara de danados a escarrar ódio e a dar um péssimo exemplo a quem ainda os ouvem. Chamam àquilo um debate! Não se argumenta, até porque lhes falta cérebro e sobra-lhes irracionalidade, boas maneiras, cortesia e respeito pelo outro.

- Cuidado compadre, aquele gente pensa que aquela casa é sagrada e que todos a devem respeitar...

- Pois aqui no Alentejo não criamos vacas sagradas, pegamos os touros pelos cornos e não respeitamos quem nunca nos respeitou!

- Lembro-lhe compadre que representam o povo português...

- Algum povo compadre, algum povo! Os verdadeiros democratas, o povo esclarecido já há muito que deixou de votar. Sobram os que não têm espírito crítico, os que vêm a democracia como um campeonato de futebol, as famílias dos políticos, e os colecionadores de tachos. Comecemos pelo seu presidente. O homem julga-se detentor de uma pseudo ética, que entre puxões de orelhas e inchado  de pacóvia importância, permite aquela algazarra...

- Ja agora compadre, o que me diz daquele controle do tempo?

- Quando um representante da nação tem o seu tempo contado e lhe cortam a palavra a toque de um relógio, está tudo dito! O que me espanta é que ninguém se revolta! É a ditadura do microfone, a flatulência a enterrar a liberdade numa mal cheirosa sanita e a destruição de qualquer debate... Há terrorismo verbal, social e cultural naquele tipo de atuação. 

- Estou de acordo compadre! Há demasiada gente malformada  no parlamento...

- São esses catalinas, aqueles que não perdem as universidades de verão, os primos, sobrinhos, afilhados e representantes dos piores "lobis" nacionais que  sujam os bancos daquela casa... Depois não é de admirar que um partido ilegal traga consigo um pilha "galinhas"...